Nesta segunda-feira, comemora-se o sexagésimo aniversário da icônica marcha em defesa dos direitos civis, ocorrida em 1963 e liderada pelo ativista e reverendo afro-americano Martin Luther King.
Para marcar essa ocasião, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e a vice-presidente, Kamala Harris, estão realizando um encontro na Casa Branca com familiares do líder afro-americano e ganhador do Prêmio Nobel da Paz em 1964, juntamente com outros organizadores desse protesto histórico.
A marcha cívica de 1963 ficou eternizada pelo famoso discurso proferido por Martin Luther King, intitulado “Eu tenho um sonho”, no qual o ativista compartilhou sua visão de uma América mais justa e igualitária. Esse discurso abriu caminho para a aprovação da Lei dos Direitos Civis no ano subsequente.
Tragicamente, Martin Luther King foi assassinado em abril de 1968, na cidade de Memphis, no estado do Tennessee.
Essa efeméride ocorre um pouco mais de um ano antes das eleições presidenciais e em um momento de desafios significativos para os direitos conquistados pela sociedade civil nos Estados Unidos. Isso se dá em meio à erosão dos direitos de voto em todo o país e à recente rejeição, pelo Supremo Tribunal, da política de ação afirmativa em admissões universitárias e do direito ao aborto.
A atualidade norte-americana também tem sido marcada por crescentes ameaças de violência política e ódio direcionados à comunidade afro-americana, bem como a minorias étnicas, religiosas e sexuais.